sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Contador de Vantagens.



Muitos seculos atras,os gregos inventaram as Olimpíadas. Realizavam-se de quatro em quatro anos,como em nossos dias,e sempre na mesma cidade, Olímpia,de onde tiraram o nome.Na verdade,naquela época as Olimpíadas não eram assim tao especiais,mais apenas uma das ocasiões em que se competia.Os atletas antigos tinham verdadeira paixão pela competição e gostavam de participar de diversas modalidades:a luta, o lançamento de disco,e de dardo,corridas.Competir era um divertimento

Havia um atleta chamado Vassilis,que se gabava de ser muito bom.Só que ninguém nunca lembrava de te-lo visto vencendo...Ele,e claro,contava mil historias,de modo que aqueles que o ouviam pensavam que ele fosse rápido como um raio,forte como um touro, ágil como um macaco.Pena que sempre acontecia uma desgraça para atrapalha-lo...

–Eu estava em primeiro,quando empédocles me empurrou...
– Já havia imobilizado as espáduas dele no chão,quando...
–No momento do lançamento,tropecei e...

Emfim,garganta ele tinha–e muita!Resultados é o que lhe faltavam...
Os vizinhos e conhecidos passaram a fugir dele,pois ninguém aguentava mais ouvir as historias de seus fracassos.E ficaram felizes quando ele anunciou:

–Adeus,pessoal!Vou embora competir em outros lugares.Aqui,como vocês já devem saber, não existem mais adversários à minha altura...Preciso também de um publico mais vasto!

O sossego durou um ano.E ele voltou,contando mais vantagens do que quando tinha ido!

E descrevia as competições em que participara,os concorrentes com os quais competira,os lugares onde disputara,mostrando força e coragem.E foram tantas as bobagens que falou,que as pessoas não tinham sequer paciência de ouvir.
Então ele soltou uma perola:

–Olhem que há dois meses,em Rhodes,no dia da festa de Poseidon,saltei mais alto do que Filípedes!

Ora,Filípedes era,tao-solene,o campeão das ultimas olimpíadas.

Um homem explodiu:

–Vá contar outra!Como você quer que acreditemos nisso?

Ele manteve um ar serio:

– Compreendo que seja difícil para vocês acreditar,mas tenho testemunhas.Naquele dia,havia umas trinta mil pessoas no estadio.No dia em que algum de vocês quiser viajar comigo para Rhodes,facilmente encontraremos alguém que comprove o que estou dizendo.

Fez-se um silencio.ninguem soube o que responder.Ele falava com tanta segurança...

Um homem esperto,porem,desafiou-o:

–Testemunhas?para que precisamos nos de testemunhas? Você só precisa imaginar que esta em Rhodes e repetir o salto,aqui e agora!


Garota cega



Havia uma garota cega que se odiava pelo fato de ser cega. Ela também odiava a todos exceto seu namorado. Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, ela se casaria com seu namorado. 

Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela. Então seu namorado perguntou a ela:

-Agora que você pode ver, você se casará comigo?

A garota estava chocada quando viu que seu namorado era cego.Ela disse:

-Eu sinto muito, mas não posso me casar com você porque você é cego.

O namorado afastando-se dela em lágrimas disse:

- Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos. Eles eram muito importantes pra mim.

O velho pote rachado



Um carregador de água, na Índia, levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do Senhor para quem o carregador trabalhava. O pote rachado sempre chegava com água apenas pela metade. 
     
       Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu Senhor. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição. Sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que lhe havia sido designado fazer.


   Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote rachado, um dia, falou para o carregador à beira do poço:
 Estou envergonhado. Quero lhe pedir desculpas.
      
— Por que? — perguntou o homem. — De que você está envergonhado?
      
— Nesses dois anos — disse o pote — eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho que leva à casa de seu Senhor. 

Por causa do meu defeito você não ganha o salário completo dos seus esforços.
      
O carregador ficou triste pela situação do velho pote, e, com compaixão, falou:

 — Quando retornarmos à casa do meu Senhor, quero que observes as flores ao longo do caminho.
      
De fato. À medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou muitas e belas flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas, no fim da estrada, o velho pote ainda se sentia mal, porque, mais uma vez, tinha vazado a metade da água, e, de novo, pediu desculpas ao carregador por sua falha.
      
O carregador, então, disse ao pote: 

— Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu Senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.  
    
     
     
     
    

O presente de insultos


Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens.


Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação.

Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho mestre aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre.
Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos ofendendo inclusive seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
 No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:

- Como o senhor pode suportar tanta indignidade?Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou samurai.

- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre.

- Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

Certo dia, um garoto inseguro chegou ao professor e disse:
   
–Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Me dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota.

Como posso melhorar?

O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor sem olhá-lo, disse-lhe:

Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois.

E  fazendo uma pausa falou:

Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.

C...Claro, professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:

– Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com amoeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele,mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a joia a todos que passaram pelo mercado, abatidos pelo fracasso montou no cavalo evoltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos.

Entrou na casa e disse:

– Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2  ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

Importante que disse meu jovem,... Contestou sorridente. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. – Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda... Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:

Diga ao seu professor, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

58 MOEDAS DE OURO!!! - Exclamou o jovem.

Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado a casa do professor para contar o que ocorreu.

Senta. - Disse o professor e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou disse:Você é como esse anel, uma joia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um "expert". Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?

E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.

 – Todos  somos como esta joia. Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.Ninguém pode te fazer sentir inferior sem seu consentimento.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Medo do desconhecido



Um dia um espião foi preso e condenado à morte pelo general do exército árabe.Sua sentença era o fuzilamento, mas o general tinha um hábito diferente e sempre oferecia ao condenado outra opção. E essa outra opção era escolher entre enfrentar o pelotão de fuzilamento ou entrar por uma porta preta.

Com a aproximação da hora da execução o general ordenou que trouxessem o espião à sua presença para uma breve entrevista.

Diante do condenado, fez a seguinte pergunta:

- O que você quer - a porta preta ou o fuzilamento?

A escolha não era fácil, por isso o prisioneiro ficou pensativo e, só depois de alguns minutos, deu aresposta:

- Prefiro o fuzilamento.

Depois que a sentença foi executada o general virou-se para o seu ajudante e disse:

- Assim é com a maioria dos homens. Preferem o caminho conhecido ao desconhecido.

- E o que existe atrás da porta preta? Perguntou o ajudante.

- A liberdade, respondeu o general. E poucos foram os homens corajosos que a escolheram. Essa é uma das mais fortes características do ser humano: optar sempre pelo caminho conhecido, por medo de enfrentar o desconhecido.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mente lidando com a dor.



Um homem chamado Patrick rothfuss chegou a essa conclusão sobre a mente.Agora eu repaço a vocês.


"A maior faculdade que nossa mente possui é,talvez, a capacidade de lidar com a dor.O pensamento clássico nos ensina sobre quatro portas da mente,e cada um cruza de acordo com sua necessidade.
Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo,dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram.Quando uma pessoa é ferida,é comum ficar inconsciente.Do mesmo modo,quem ouve uma noticia dramática comumente tem uma vertigem desfalece.É a maneira da mente se proteger da dor,cruzando a primeira porta.
Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar ,ou profundas demais para cicatrizar depressa.Além disso,muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma pra realizar.O provérbio “o tempo cura todas as férias”e falso.O tempo cura a maioria das feridas.As demais ficam escondidas atrás dessa porta.
Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso  não pareça beneficio ,é.há ocasiões em que a realidade não e nada alem de penar,e,para fugir desse penar,a mente precisa deixa-la para trás.
Por ultimo, existe a porta da morte. O ultimo recurso.Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram.”

O nome do vento, cap.18.

Dois Monges



        Dois monges em peregrinação iam passando por um rio. Lá avistaram uma menina vestida com toda a elegância, obviamente sem saber o que fazer, já que o rio estava alto e ela não queria estragar suas roupas.
Sem mais cerimônias, um dos monges levou-a nas costas, atravessou-a e depositou-a em solo seco do outro lado. Então os monges continuaram seu caminho. 

Porém o outro monge, depois de uma hora, começou a reclamar:

Com certeza não e certo tocar uma mulher;é contra os mandamentos ter contato íntimo com mulheres. Como você pode ir contra a lei dos monges?

O monge que carregara a menina seguia em frente em silêncio, mas finalmente observou:

— Eu a deixei no rio há uma hora.Por que você ainda a está carregando?



Um filhote de tigre criado entre cabras



     Prenhe e balofa, sua mãe passara vários dias à procura de uma presa sem nada conseguir, até que deparou com um rebanho de cabras selvagens. Estava faminta, o que explica a violência de sua investida. O esforço do ataque precipitou o parto e ela acabou morrendo de esgotamento. As cabras, que haviam se dispersado, retornaram ao lugar e lá encontraram um filhote de tigre choramingando ao lado de sua mãe. Levadas pela compaixão maternal adotaram a débil  criatura; amamentaram-na junto com suas próprias crias e dela cuidaram ternamente.

O animal cresceu e sobreveio a recompensa pelos cuidados dispensados, pois o pequeno companheiro aprendeu a linguagem das cabras, adaptou sua voz àquele som suave e mostrou tanto afeto quanto qualquer cabrito. A princípio teve alguma dificuldade para mastigar com seus dentes pontiagudos as tenras folhas do pasto, mas logo se acostumou. A dieta vegetariano o mantinha enfraquecido, conferindo ao seu temperamento uma notável doçura.

Certa noite - quando o órfão, crescido entre as cabras, já havia alcançado a idade da razão - o rebanho foi atacado, desta vez por um velho e feroz tigre. As cabras se dispersaram, porém o jovem permaneceu onde estava, sem medo ainda que surpreso. Achando-se face a face com a terrível criatura da selva, fitou-o estupefato. Passado o primeiro impacto, começa a tomar consciência de si. Desamparado, berra, arranca folhas de pasto e se põe a mastigar, ante o olhar perplexo do outro. De repente, o poderoso intruso pergunta:

_ Que fazes aqui entre as cabras?! Que estás mastigando?!

A resposta foi um berro. O outro, indignado, disse num rugido:

_ Por que emites este som estúpido?!E antes que o pequeno pudesse responder, apanhou-o pelo cangote e o sacudiu como se quisesse fazê-lo recobrar a lucidez.

O tigre da selva carregou o assustado animal até um lago próximo, soltando-o na margem e obrigando-o a olhar para a superfície espelhada da água, então iluminada pela lua.

_ Vê estas duas imagens! Não são semelhantes? Tens a cara típica de um tigre, é como a minha. Por que te iludes pensando seres um cabrito? Por que berras? Por que mastigas pasto?!
          
tigrinho, incapaz de responder, continuava a olhar espantado comparando as duas imagens refletidas. Inquieto, apoiou-se numa e logo noutra pata, e lançou um grito de aflitiva incerteza. A velha fera novamente o carregou, porém agora até seu covil, onde lhe ofereceu um pedaço de carne crua e sangrenta, sobra de uma refeição anterior. Ante a inusitada visão, o jovem tremeu de repugnância, mas o velho, ignorando o fraco gesto de protesto, ordenou rudemente:

 _ Come! Engole!

O outro resistiu, porém a horripilante carne foi forçada a passar entre seus dentes; o tigre vigiava atentamente seu aprendiz que tentava mastigar e preparava-se para engolir. Sua não familiaridade com a consistência da carne causava-lhe certa dificuldade, e estava prestes a emitir outro débil berro quando começou a experimentar o gosto do sangue. Excitado, devorou o restante com avidez, sentindo um prazer incomum à medida que o novo alimento descia-lhe pela garganta e atingia o estômago. Uma força estranha e quente irradiava de suas entranhas trazendo-lhe uma sensação eufórica e embriagadora. Estalou a língua, lambeu o focinho satisfeito e, erguendo-se, deu um largo bocejo como se estivesse despertando de uma longa noite de sono - uma noite que o manteve sob feitiço por anos e anos. Espreguiçando-se, arqueou as costas, estendeu e abriu as garras. Sua cauda fustigava o solo e, de súbito, irrompeu de sua garganta o triunfal e aterrorizante rugido de um tigre. O inflexível mestre, que estivera observando de perto, sentia-se recompensado. A transformação, de fato, acontecera. Ao cessar o rugido, perguntou severamente:

_ Agora sabes quem realmente és?

E para completar a iniciação de seu jovem discípulo no saber secreto de sua própria e verdadeira natureza,acrescentou:

_ Vem! Vamos caçar juntos pela selva.

Acusado injustamente


C
onto agora a historia de um homem que foi acusado injustamente e usou de sua esperteza para se provar inocente.   



Na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente no reino e, por isso, desde o primeiro momento, se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino.
     
O homem injustamente acusado de ter cometido o assassinato foi levado a julgamento. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo das falsas acusações. A forca o esperava!

    O juiz, que também estava conluiado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência. 
    Disse o desonesto juiz: —Como o senhor, sou um homem profundamente religioso. Por isso, vou deixar sua sorte nas mãos de deus. Vou escrever em um papel a palavra INOCENTE e em outro a palavra CULPADO. Você deverá pegar apenas um dos papéis. Aquele que você escolher será o seu veredicto.

     Sem que o acusado percebesse, o inescrupuloso juiz escreveu nos dois papéis a palavra CULPADO, fazendo, assim, com que não houvesse alternativa para o homem. O juiz, então, colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem, pressentindo o embuste, fingiu se concentrar por alguns segundos a fim de fazer a escolha certa. Aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu. Os presentes reagiram surpresos e indignados com tal atitude. 
     
O homem, mais uma vez demonstrando confiança, disse: — Agora basta olhar o papel que se encontra sobre a mesa e saberemos que engoli aquele em que estava escrito o contrário.

O lenhador e a raposa


O LENHADOR E A RAPOSA

Essa a quase todo mundo conhece.E devo admitir que e um conto triste. Mas,uma historia,mesmo com o final feliz ou triste deve ser contada.

       
       Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação e de sua total confiança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

     Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!

Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente.
Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

O salmão do Rei




    Ah,acabo de me lembrar de uma historia magnifica,que vivenciei na Europa feudal, não me lembro onde, só sei que foi naquela região.


Um pescador certa vez percou um salmão.O mais lindo e saboroso de todo o rio.Quando viu seu extraordinário tamanho,exclamou:  Que peixe maravilhoso!vou leva-lo ao Rei!Ele adora salmão fresco

O pobre peixe consolou-se,pensando:Ainda tenho esperança.Se esse homem diz que o Rei gosta de mim, não tenho o que me preocupar.

O pescador levou o peixe à propriedade do Nobre,que não era tão distante do rio.Por onde ele passava,algum servo lhe perguntava se queria vender aquele  salmão.Ele se recusava e respondia:_Este e o peixe mais saboroso de todo o reino,e vai direto para o Rei,todos sabem que ele adora salmão_

Isso elevou a esperança do peixe um pouco mais.

Ao chegar na fortaleza do Rei deparou-se com um portão fechado,e o guarda que vigiava a entrada perguntou:O que tem ai?

Um salmão—Respondeu o pescador,orgulhoso.

 Ótimodisse o guarda.O Rei adora salmão fresco.

O peixe deduziu que realmente havia motivos para ter tanta esperança.O pescador entrou no palácio,e embora o peixe mal pudesse respirar,ainda estava otimista.Afinal,o Rei adora salmão,pensou ele.

O peixe foi levado à cozinha,e todos os cozinheiros comentaram o quanto o Rei gostava de salmão.O peixe foi colocado sobre a mesa e quando o Rei entrou,foi logo ordenando:Cortem fora a cauda,a cabeça e abram o salmão.Quero come-lo ainda hoje.

Com seu último sopro de vida,o peixe gritou em desespero:Por que você mente?Se realmente me ama,cuide de mim,deixe-me viver. Você não gosta de salmão,gosta de si mesmo!




terça-feira, 25 de setembro de 2012

O contador de historias esta na cidade!!!

Bem vindo caros viajantes famintos por historias

Começo hoje a escrever minhas experiências físicas e mentais,que tomei nota por milhares e milhares de anos(não sou tão velho assim!).Conheci pessoas interessantes,ouvi historias magníficas e vivi desventuras extraordinárias,e estou prestes a contar a vocês.

Abram suas mentes para o que vão ler a seguir...